Alimentos cancerígenos

A prevenção ainda é a melhor solução!

O Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), com destaque para as regiões sul e sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

O câncer de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 220 mil novos casos estimados. Considerando-se todos os demais tipos de câncer, os mais frequentes na população serão mama (73.610 casos), próstata (71.730 casos), cólon e reto (45.630 casos), pulmão (32.560 casos) e estômago (21.480 casos). Maus hábitos alimentares estão diretamente relacionados com essa estatística. Algumas décadas atrás, o estilo de vida era totalmente diferente e mais salubre que os dias de hoje. Na vida moderna, muita agitada, o bom hábito de preparar os próprios alimentos foi substituído por opções de alimentos prontos para consumo ou de fácil preparo. Muitos alimentos (pseudo = falso) possuem fatores que lesam as células humanas e alteram o seu material genético. Isso está levando a uma multiplicação celular muito maior do que o normal, contribuindo para o surgimento de tumores. Muitos desses pseudoalimentos não tem qualquer benefício à saúde, podendo ser facilmente eliminados da dieta. Trazemos uma lista de alguns desses pseudoalimentos. Modere-os ou anule-os de seu consumo, pois predispõem a doença.

Carnes processadas Linguiça, salsicha, bacon e até o peito de peru contêm quantidades consideráveis de nitritos e nitratos. Essas substâncias, em contato com o estômago, viram nitrosaminas, substâncias capazes de promover mutação do material genético. Esse processo leva à formação de tumores, principalmente do trato gastrointestinal. Refrigerantes Essa bebida gaseificada contem muito sal em forma de sódio (benzoato de sódio, por exemplo), e adoçantes associados ao aparecimento de câncer. O ciclamato de sódio, por exemplo - proibido nos Estados Unidos, ainda utilizado no Brasil, principalmente em refrigerantes “zero”. Essa substância aumenta o risco de aparecimento de câncer no trato urinário.

Refinados

Alimentos refinados, como farinha, açúcar ou óleo também são alarmantes. Estudos apontam que açúcar e carboidratos altamente processados podem aumentar o risco de estresse oxidativo e inflamação no corpo, o que pode causar câncer de ovário, mama e de endométrio.

Alimentos gordurosos Há muita caloria na comida muito gordurosa, mais que 225 calorias a cada 100 gramas do alimento. Devido esses alimentos serem pobres em nutrientes, se ingere grandes quantidades para obter saciedade, levando ao consumo excessivo. A célula de gordura libera substâncias inflamatórias, principalmente hormônios que levam a alterações no DNA e na reprodução celular, como o estrogênio, a insulina e um chamado de fator de crescimento tumoral. Assim, esses alimentos provocam obesidade, que é fator de risco para câncer de pâncreas, vesícula biliar, esôfago, mama e rins.

Alimentos ricos em sal Se ingerido acima de cinco gramas por dia, o sal pode lesar as células que estão na parede do estômago, segundo Instituto do Câncer de São Paulo. Essa agressão gera alterações celulares que podem levar ao aparecimento de tumores. Evite alimentos salgados ou mesmo aqueles que usam sal para aumentar o tempo de conservação (congelados e comprados prontos). Entram nessa lista carne-seca, bacalhau, refrigerantes, pizzas congeladas, iscas de frango empanadas congeladas, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, entre outros.

Churrasco Encontramos na fumaça do carvão dois componentes cancerígenos: o alcatrão e o hidrocarboneto policíclico aromático. Eles impregnam o alimento que está sendo assado. Eles também levam ao aparecimento de tumores.

Dieta pobre em fibras O intestino se beneficia muito pelo consumo adequado de fibras. Elas garantem um bom trânsito intestinal, de modo a eliminar os ácidos biliares secundários, um produto da digestão presente no intestino. Isso evita a agressão às células do intestino e a multiplicação celular descontrolada. Preparo com altas temperaturas Se fritamos ou grelhamos os alimentos, incorporamos à eles algumas substâncias cancerígenas. Ao colocar o alimento cru em óleo ou chapa muito quentes (com temperatura aproximada de 300ºC a 400°C), são formadas aminas heterocíclicas – substâncias que contêm fatores mutagênicos e estimulam a formação de tumores. O ideal é preparar as carnes ensopadas – não há nenhuma formação de aminas – ou no forno. Dessa maneira, a temperatura do alimento aumenta gradualmente e não chega a níveis tão altos.

Alimentos com agrotóxicos Retirar 100% os agrotóxicos das frutas, verduras e legumes, é uma impossibilidade. Muitas vezes, esses conservantes são aplicados nas sementes e passam a fazer parte da composição do alimento. O agrotóxico provoca vários problemas de saúde em quem tem contato direto com esses alimentos, mas ainda está em estudo a sua real contribuição com o aparecimento do câncer. Porém, como ainda existem dúvidas sobre esses efeitos, o melhor, é evitar as opções ricas em agrotóxicos. É melhor consumir alimentos cultivados sem o produto químico, de forma orgânica ou artesanal. Pois, eles têm mais vitaminas, minerais e compostos quimio preventivos. De forma oposta, estes nutrientes protegem e reparam as células em frente a uma lesão que pode gerar câncer.

Enlatados

Molho de tomate, feijão pronto, milho, ervilha e sucos enlatados podem aumentar o risco de desenvolver câncer. A maioria das embalagens desses produtos são revestidas com uma substância química chamada Bisfenol A (BPA), composto que quando dissolvido nos alimentos pode causar desequilíbrios hormonais, alterações no DNA e câncer.

Concluindo, é essencial que se abandone, de forma gradativa, esses pseudoalimentos. Porém, é necessário uma substituição dos mesmos, por alimentos verdadeiramente saudáveis. O estilo de vida físico, mental e emocional não deve ser menosprezado. O médico, o nutricionista, o educador físico e o naturoterapeuta são alguns profissionais que devem ser consultados para uma prevenção de mais sucesso.

Tony Charles Dias

Naturoterapeuta

(CONPH-00532).

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